sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Oficina da palavras 2

Começamos o segundo semestre na oficina da palavra com a memoria inventada, que é a lembrança de algum fato ou acontecimento já vivenciado e misturando um pouco de ficção. O tema memória inventada proporciona ao leitor um desafio, a pessoa que le nao sabe se realmente é uma história de verdade ou uma história inventada.

Atraída pelos loucos
Mulher adulta, formada, com a vida feita, filhos criados mais com um dos piores defeitos, atraída pelos loucos. A mulher estava indo para a casa da mãe, pegou o ônibus e antes de atravessar a roleta foi barrada por um homem pedindo ajuda com a passagem, o motorista alertava, passe, ele já bateu no senhor que acabou de descer, mas o homem não deixava e se explicava olhe eu apenas estou doente, olhe minhas mãos e ergueu as mãos estranhas com manchas vermelhas e amarelas com cicatrizes próximo ao rosto da mulher. Assustada ela desviou, conseguiu atravessar a roleta e foi para o fundo do ônibus e ficou apenas observando. O trocador do ônibus já alterava sua voz mandando o homem descer e nada adiantava, passaram então a tentar tira-lo a força, mas o homem começou a pular balançando o corpo, e ninguém conseguiu tira-lo. Aproximando do ponto de desembarque do homem ele pediu ao motorista que parasse no ponto seguinte, o trocador indignado disse que ele so iria descer do ônibus se pagasse a passagem, então o homem começou a girar a cabeça sem parar dizendo ‘’ eu sou louco’’ ‘’eu sou louco’’“ não me batam eu sou louco’’, a porta se abriu e descendo ele continuou a falar ‘’ eu sou louco’’ ‘’eu sou louco’’, o trocador vendo a cena respondeu ao homem se e assim eu também “sou louco’’ e repetia os gestos com a cabeça imitando o sujeito que já andava pela calçada. Se já não bastasse viver sendo atraída pelos loucos a mulher vivi na cidade dos loucos.

Depois passamos para uma atividade que foi pra mim bastante dificil. Troucemos uma foto de algumas pessoas que conhecemos e cada um pegou uma foto diferente, atraves da foto tinhamos de criar um historia para a pessoa da foto. Nunca pensei que fosse tao dificil assim, como falar de alguem que nem conhecemos? A foto que peguei era uma foto antiga já amarelada e com furos de cupim, nela mostrava um homem adulto na beira de uma estrada com montanhas e ao fundo da estrada era possivel ver uma cidadezinha antiga, ele tinha um camera pendurada no pescoço e olhava para a rua. o que falar? por onde começar? Foi dificil, mas no final consegui fazer duas histórias. A primeira trágica.


                                                                  Antenor

Fotógrafo, médico, psicólogo e pai. Os caminhos da vida o levou para longe do seu único filho, um acidente trágico tirou a vida de sua mulher e ainda queriam culpá-lo por sua morte. O filho foi criado pelos avos maternos na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Inocente o baiano foi em busca de justiça, justiça essa que foi longa demais. Visitava seu filho uma vez por mês, a profissão foi negada, como pode um medico e psicólogo culpado? A fotografia foi quem lhe acompanhou e nunca abandonou casamentos, aniversários e eventos, ele fotografava a alegria das pessoas, famílias inteiram juntas e unidas, crianças alegres brincando e pulando e atrás das câmeras havia apenas uma pessoa triste e longe das pessoas que mais ama, seu filho e sua falecida esposa. Finalmente conseguiu que a justiça fosse feita, com a guarda do filho no bolso e a câmera pendurado no pescoço ele olha a estrada que o leva a teu filho e como em um filme sua vida corre em sua mente, ele olha sua própria sombra a única companhia durante anos e diz: daqui pra frente tudo vai ser diferente.



Vimos um filme que nos deu referencia para ajudar nos textosse chama Edificio Master do cineastra Eduardo Coutinho. O filme é incrivel ele visita as pessoas que moram nos apartamentos e pega os relatos e as historias que se passa por ali. Voce fica ipnotizado pelo filme, pelas historias ali contadas e esquece que podem ser apenas uma invençao.


A segunda historia foi a qual eu mais gostei e a que mais me tocou. Baseando na doença da minha avó que tem alseimer escrevi sobre isso, ficou um texto curto e breve. Apos apresentados os textos tive uma surpresa a foto era de uma colega que contou a pessoa que aparecia na foto era um tio dela e ele tinha alseimer. Coencidencia nao? Foi um susto.


                                                             Caminho do Sol

A memória lhe fugia como um barco pego de surpresa na correnteza, seu ponto de partida é um menino no barco essa imagem é o que te faz seguir em frente. O sol não estava abafado demais, mais estava quente o bastante para deixá-lo confuso.  As imagens não lhe interessam mais o que ele está à procura são as palavras, palavras que passam em sua mente: No caminho da Luz; não é culpa do menino deixe ele! Ei moço para onde o senhor que ir? Mal sabe se é um menino ou um homem. Este homem sofre de um problema de memória, saiu de casa e nunca mais conseguiu voltar e até hoje não o encontraram. Ele segue na direção do sol em seu barco de mistérios esperando o por do sol levá-lo a seu destino final.







sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ecologia na nave

A primeira semana apos as ferias de julho foi uma semana diferente, a semana da ecologia dos saberes, a kabum cada dia aparece com uma surpresa diferente. Fiquei no grupo chamado astronauta tupy, a proposta era utilizar o corpo e a escrita mais o onibus lotado e o resultado era uma incognita, ninguem sabia o que iria acontecer. Varias ideias foram surgindo e tivemos uma participaçao do Ezequiel Dias, digo Fideliz Alcantara  um escritor surpreendente. A proposta do trabalho final foi uma intervençao nos onibus e no metro de Belo Horizonte, escrevemos frases em nosso corpo. Astronauta tupy? intervençao nos onibus e metro? escrever no proprio corpo? mais para que isso? loucura? O atronauta tupy e um viajante que busca conhecer e acima de tudo compreender a cultura o modo de agir, de viver de um povo, nao e igual a um turista que vai para outra cidade outro lugar e quer apenas ver o melhor do que cada cidade pode te oferencer. E alem de tudo queriamos passar um pouco de arte e literatura que por sua vez parece que as pessoas estao cada vez mais se afastando. Conheça um pouco mais do nosso trabalho.
http://astronautatupy.wordpress.com